O arsenal de ferramentas a disposição dos cibercriminosos aumenta a cada dia que passa e no ritmo das evoluções da tecnologia. Um deles é a engenharia social, que muitas vezes é esquecida pelas equipes de TI e que pode ser muito nociva, uma vez que explora a psicologia humana e está sempre em busca de brechas para entrar nas organizações.
Vamos entender um pouco melhor como funcionam esses tipos de ataques, quais os métodos mais utilizados e como a sua empresa pode se proteger deles, educando seus funcionários para que todos possuam um breve entendimento do que não fazer e de como lidar com esse tipo de ataque. Afinal, em um mundo cada vez mais conectado, a segurança digital depende de todos nós.
O que é a Engenharia Social?
A engenharia social é uma técnica sofisticada e bastante utilizada por hackers. Ao contrário da crença popular, não requer um conhecimento avançado em tecnologia da computação, mas sim um entendimento de psicologia e da manipulação persuasiva. Essa técnica visa induzir indivíduos a confiarem em abordagens falsas, levando-os a divulgar informações sensíveis que podem ser utilizadas para conceder acesso não autorizado ou revelar dados sensíveis da empresa.
Imagine receber um e-mail solicitando suas credenciais de login para uma conta bancária, ou uma ligação exigindo informações pessoais para “verificação de segurança”. Esses são apenas alguns exemplos de como a engenharia social pode ser empregada, muitas vezes através de e-mails, perfis falsos em redes sociais, mensagens e chamadas.
Conscientizar sobre os perigos da engenharia social e fornecer orientações para reconhecê-la e evitá-la são passos cruciais na defesa contra as ameaças cibernéticas em constante evolução. É importante saber como lidar com as ameaças conhecidas, além de se preparar para lidar com as que ainda estão surgindo.
Quais são os métodos mais conhecidos de engenharia social?
Dentro dessa metodologia de ataque, existem alguns tipos mais conhecidos, e saber quais são e como lidar com eles faz toda a diferença para manter sua organização protegida. Vamos falar em mais detalhes sobre esses métodos:
1. Dumpster Diving: A técnica consiste em revirar o lixo em busca de informações confidenciais e sigilosas, como notas fiscais, faturas de serviços, e outros documentos que possam conter dados como números de cartão de crédito, endereços de entrega, nomes de usuários e até mesmo números de telefone. Essas informações são preciosas para os cibercriminosos, pois podem ser usadas para cometer fraudes, roubo de identidade ou até mesmo invasões dentro das organizações.
2. Phishing: O phishing é um tipo de fraude que acontece principalmente em e-mails, mensagens de texto, redes sociais e outros meios eletrônicos. Com o objetivo de adquirir dados pessoais, os golpistas geralmente se passam por entidades confiáveis, como bancos, empresas de tecnologia ou até mesmo colegas de trabalho, com o intuito de enganar as vítimas e fazê-las fornecer informações sensíveis, como nomes de usuário, senhas, números de cartão de crédito ou números de segurança social.
Geralmente esse tipo de golpe contém links para sites falsos, projetados para se parecerem autênticos, com logotipos, layouts e textos que imitam os originais. Além disso, algumas campanhas de phishing podem tentar instigar medo ou urgência nas vítimas, alegando problemas com suas contas ou serviços que exigem ação imediata. Isso pode levar as pessoas a agirem rapidamente, sem pensar, aumentando as chances de sucesso do golpe.
3. Pretexting: Essa técnica, ao contrário do phishing, envolve a manipulação direta de interações pessoais ou comunicações, muitas vezes em situações cara a cara ou por telefone, geralmente através da criação de uma falsa justificativa ou pretexto. Nesse tipo de golpe, os fraudadores podem se passar por funcionários de uma empresa, autoridades governamentais, colegas de trabalho ou qualquer outra pessoa que possa ter uma razão aparentemente legítima para solicitar informações confidenciais.
4. Quid Pro Quo: Quid pro Quo é uma expressão que vem do latim, e que significa “uma coisa pela outra”. Na cibersegurança, é o nome de uma técnica que finge oferecer algo para a vítima, em troca de algo importante para quem aplica o golpe, como informações confidenciais, o que representa um risco altíssimo para as empresas. Conhecendo o serviço de suporte usado na sua empresa, o impostor envia um e-mail para os colaboradores, emulando a interface e a comunicação deste serviço de suporte. Se der certo, ele pode receber senhas, PINs e outras informações confidenciais que desbloqueiam o acesso ao seu sistema.
5. Sextorsion: A sextorsion é uma forma de extorsão que se baseia no vazamento de imagens íntimas, podendo existirem ou não. Esta prática está em ascensão em diversos países, pois explora vulnerabilidades emocionais das pessoas, tais como noções de autopreservação, privacidade e reputação social. Além disso, é uma técnica utilizada para intimidar indivíduos em posições de destaque dentro de empresas, exigindo concessões de seu interesse para evitar a divulgação desse conteúdo sensível.
6. Spear Phishing: A prática do spear phishing envolve o envio de e-mails e mensagens com o intuito de direcionar as vítimas a páginas falsas, similar ao phishing, visando coletar informações confidenciais ou injetar malwares nos dispositivos. Nesse contexto, a presença de um certificado digital TLS/SSL desempenha um papel crucial na manutenção da criptografia e na garantia da segurança dos usuários. Além disso, serve como um indicador de autenticidade, tranquilizando os visitantes quanto à legitimidade do site.
Os certificados digitais TLS/SSL são emitidos em diferentes tipos, sendo os mais comuns o OV (Validação de Organização) e o EV (Validação Estendida). Enquanto o certificado SSL DV (Validação de Domínio) não verifica a identidade da organização, os certificados OV e EV passam por um processo rigoroso de validação, que inclui a confirmação da existência da empresa, seu endereço físico e a propriedade do domínio.
Empresas que valorizam sua reputação e a segurança de seus clientes optam por certificados SSL OV e EV, evidenciando seu compromisso com a transparência e a proteção dos dados dos usuários.
7. Tailgating: Por último, vamos falar de tailgating, que pode ser entendido como uma prática realizada no trânsito também, quando um carro não mantém a distância de segurança com o veículo da frente. No quesito de tecnologia, essa técnica implica em aproveitar a proximidade para acessar ambientes restritos em uma empresa, e é por isso que divide o nome.
Por exemplo, imagine um prédio que tenha controle de acesso por meio de RFID. Ao se passar por um colega, um hacker pode acessar o perímetro, aproveitando a gentileza do colaborador que deixa a porta aberta para ele passar. Esse tipo de ameaça também funciona de forma online, e traz uma atenção maior tanto para métodos de cibersegurança quanto para segurança patrimonial e física.
Quantas dessas técnicas você já conhecia? Está preparado para se proteger contra esses tipos de ataques? É importante treinar sua equipe para lidar com essas abordagens e conseguir se proteger de forma mais eficaz. A Trustcert está sempre preparada para te ajudar nessa jornada de proteção, e pode mostrar o caminho dos certificados SSL que vão deixar seus dados mais protegidos do que nunca. Entre em contato com nossa equipe e saiba mais!